Eu recordo que na década de 70 havia um programa jornalístico intitulado “Amaral Neto Repórter”. Lembro que o titular do programa nos mostrava uma Amazônia ainda praticamente intacta.
Árvores gigantescas, rios limpos, fauna e flora intactas e populações indígenas vivendo suas vidas da forma mais natural, tradicional e feliz possível. Eu ficava admirado vendo todo aquele cenário e, ainda criança, sentia-me orgulhoso da riqueza ambiental que o nosso Brasil possuía.
Hoje, décadas depois, assistindo o mesmo canal de televisão, o cenário que vemos, infelizmente é outro. Assistimos diariamente a destruição da nossa Amazônia através da derrubada de suas árvores milenares, sucessivos incêndios destruindo o Pantanal, outro bioma importante, a poluição dos rios através de metais pesados como o mercúrio, fruto do garimpo clandestino, criminoso e predador. E isso, para enriquecer a uns poucos. Onde está a lógica disso tudo? O que estamos permitindo fazer com o nosso país e com todo o planeta, é criminoso e além disso, algo terrivelmente equivocado. Se nada for feito imediatamente, pouco ou praticamente nada restará de natureza para deixarmos para os nossos filhos e netos.
Muito se fala, mas pouco se faz. Reuniões, conferências e congressos climáticos até acontecem, mas não tem força para implantar efetivamente as decisões tomadas após dias de conversas. Eu sei que sou apenas mais um a falar sobre esse assunto. Mas, se a população mundial tomar consciência do que já está acontecendo com a Terra, uma mudança, mesmo difícil, ainda será possível.
Mais do que continuar falando, agir é preciso. O clima do planeta já mudou e estamos sentindo isso até aqui, na nossa cidade, no nosso quintal. Pensemos, definitivamente, nisso. Pensar e agir são verbos melhores de se conjugar que chorar.
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