
Diz-se que após o escritor publicar um texto de sua autoria, seja em livros ou atualmente nas mídias digitais, este texto não mais lhe pertence. Ele passa a ser do conhecimento e do domínio dos leitores. Aquilo que surgiu das mais ocultas ideias do escritor, desnuda-se, ante os olhos do público que o lê. Essa é a cronologia e a mecânica de algo tão normal como se contar um segredo.
Dizem que ao dividir um segredo com mais alguém, ele automaticamente deixou de ser um segredo e passa a ser algo do domínio de duas pessoas. Conjecturas e divagações à parte, este é o processo de interação entre o escritor e seu público.
Assim ocorre com meus poemas; gosto de liberta-los para que sigam o seu caminho, seja por conta própria, seja comentados de boca em boca por elogios ou até por críticas. Sim, críticas! Por que não? Pensando nisso, resolvi libertar o que segue:
Poemas viajantes
Sem vistos, permissões ou passaportes
Versos voam, soltos ao vento
Em cada brochura, um alívio
Em cada leitura, um lar
Fronteiras, só do pensamento
Letras, sílabas, vocábulos
Dissipam raiva, medo, solidão
Percebo ter o mundo descoberto
Ao ter um livro à mão
Em frágeis asas de papel
Voam altivos, resolutos, diretos
Por testemunha, só o olhar
Caminhando linhas
Escorregando palavras
A viagem continua
Em cada página despida
Em cada sentimento avivado
Em cada amor vivido
Em cada poema adotado
(Embarquei. Até um dia!)
Pronto! Agora é seu! Abraços!
Siga Jefferson Dieckmann no Instagram!
Comentarios