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Jefferson Dieckmann

PERDAS; E OS GANHOS?



Quando somos crianças, o mundo nos parece mais tranquilo, mais fácil de ser encarado e vivido. À medida que vamos crescendo, percebemos que nem sempre as coisas são fáceis e que também enfrentamos percalços e dificuldades. O céu nem sempre é azul e as tempestades também molham nossas almas. Nos últimos tempos, após termos atravessado uma pandemia, algo quase impensável para a maior parte da humanidade, parece que o processo de perdas se acentuou, especialmente no que se refere às vidas humanas.


Finalmente, percebemos o quão frágeis somos. O vírus, por ora aparentemente controlado, tirou a vida de muitas pessoas ao redor do mundo. Não bastasse isso, temos recebido quase que diariamente a notícia da morte de pessoas que nos são caras e de outras que admiramos como verdadeiros ídolos. São pais, mães, professoras queridas, vizinhos que partem quase que diariamente para o outro lado da vida. Para os amantes de música, os últimos meses têm sido devastadores. Perdemos Erasmo Carlos, Gal Costa, Rita Lee e Tina Turner. Sim, somos finitos. Todos um dia partiremos. Nos resta o bem viver, o olhar para o outro com empatia e respirarmos cada dia como se fosse o último. Que estes sejam os nossos ganhos. Somos humanos, somos iguais e, ainda bem, não sabemos a hora da nossa partida. Ainda bem!





Jefferson Dieckmann


Escritor, poeta e ativista cultural. Cinco livros próprios, uma centena de antologias poéticas e vasta obra na Web.







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