Os quatro de Liverpool…

Eu era pequeno, mas lembro com alegria e satisfação ter iniciado o meu contato com a música nesta vida através dos Beatles. Durante a infância, eu os ouvia diariamente no rádio à pilha do meu pai. Aquilo me marcou de forma duradoura e permanente.

Os quatro rapazes ingleses, com seus cabelos longos para a época, muita criatividade e talento, iniciaram tudo. Na verdade, todo o espectro musical existente hoje, creio que iniciou com eles. O talento, criatividade e a personalidade dos quatro marcaram, sem dúvidas, não só a história da música, mas os hábitos e costumes do mundo inteiro por gerações e eu diria que até os dias de hoje.

Eu sempre li que os Beatles foram compostos por dois compositores geniais, John Lennon e Paul McCartney, um grande músico: George Harrison; e um sortudo de ocasião: Ringo Star. Independente do que tenha sido, a união desses quatro rapazes transformou a história da música e do mundo.

Infelizmente, a vida é dura e até os ídolos morrem. John Lennon foi brutalmente assassinado por um idiota em 1980 na entrada de seu prédio, o Edifício Dakota, em Nova York e George Harrison faleceu em 2001, vítima de um câncer de pulmão. Creio que eu já tenha ouvido todos os álbuns dos Beatles, de todas as suas fases.

Para surpresa geral, recentemente foi descoberta uma última música inédita composta por Lennon em 1978, intitulada “Now and Then”. Após ter sido encontrada, essa música foi terminada e apresentada ao mundo em 2023. Graças à Inteligência Artificial, no clipe dessa canção podemos ver uma interação divertida dos quatro grandes. Lágrimas insistem em brotar logo nos primeiros acordes da canção e a sensação de vê-los juntos novamente, mesmo que de forma virtual, é mágica e emocionante. A música impressionou tanto que ganhou o “Grammy de Melhor Performance de Rock” deste ano.

Atualmente, Ringo Star continua gravando e se apresentando. Já Paul McCartney, aos 82 anos, continua viajando pelo mundo em grandes turnês. O Brasil parece ser um dos seus destinos preferidos e quem teve o prazer de assisti-lo de perto, como eu tive, se impressiona com as quase três horas de um espetáculo musical impecável! Sim, os Beatles ainda vivem e serão eternos enquanto algum dos seus álbuns se mantiver rodando em alguma vitrola ao redor do mundo. “Inigualáveis” é, sem dúvidas, a palavra!