Li um dia desses, um texto muito interessante que dizia que nós estamos em guerra. Não se trata de uma guerra bélica, mas a guerra entre o homem e a natureza. Uma guerra que certamente não poderemos ganhar.
A natureza está apenas agindo em legítima defesa. Ela não aguenta mais ser invadida, desrespeitada, queimada, aterrada e subestimada.
É tudo uma questão contábil: explorar a natureza é receita; preservação é despesa. E ninguém está disposto a pagar esse preço, muito menos nós, os consumidores. Leia-se por consumidores, cúmplices mesmo que involuntários dessa tragédia.
A cada grau centígrado que a Terra aquece, geleiras se derretem, aumentando o nível dos mares e deixando sem abrigo pinguins, ursos polares e outros animais do Ártico e da Antártida.
No México está tão quente, que os macacos estão morrendo pelas altas temperaturas e pela falta de água. Eles simplesmente caem do topo das árvores, salpicando o solo de corpos sem vida.
A Amazônia está sendo devastada, ora por fazendeiros e criadores de gado em busca de pastagens para seus rebanhos, ora por garimpeiros, que por onde passam, deixam imensas crateras na terra e rios cheios de mercúrio e outros metais pesados.
O que nós estamos vendo no nosso Rio Grande do Sul é algo até então inimaginável! Trata-se, além de uma tragédia humana, de uma outra fiscal e desempregadora. O Estado está destruído e levará muitos anos para se reerguer.
As ações ecológicas já existem, mas são infinitamente mais tímidas que o processo avassalador das grandes indústrias e conglomerados bilionários. Estes, não parecem dispostos a abrir mão de renda e poder para ajudar o planeta.
Sei que é “dizer mais do mesmo” que temos que frear essa destruição na nossa Terra, senão nossos filhos herdarão uma catástrofe e nossos netos não terão o que herdar, mas é preciso continuar falando.
Estamos, todos, caminhando na corda bamba com uma venda nos olhos. E, para piorar, alguém tirou a rede de proteção.
Jefferson Dieckmann
24/05/2024
14:58 horas
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