Entre Sonhos e Caminhos
- Ailton Cunha
- 8 de abr.
- 2 min de leitura
Todos nós, em algum momento da vida, nos perguntamos: qual é o meu caminho? É uma pergunta que pulsa baixinho no coração, às vezes escondida sob o barulho das urgências diárias, outras vezes gritando alto nos silêncios da noite.
Mas o caminho – esse que tanto buscamos – nem sempre é uma linha reta. Às vezes ele serpenteia, se bifurca, volta atrás, sobe morros e desce vales. E é nesse movimento que mora a beleza da jornada.

Aqui em São Lourenço do Sul, com suas paisagens serenas, suas águas calmas e seu povo acolhedor, aprendemos que o tempo tem outro ritmo. Que os sonhos podem brotar devagar, como as lavouras que florescem na paciência das estações. Que há valor em caminhar com os pés no chão e os olhos no horizonte.
A verdade é que os sonhos não têm prazo de validade. Eles podem nascer aos 7, aos 50 ou aos 70 anos. Podem mudar de forma, crescer com a gente, ou se transformar em algo que a gente nem imaginava. E tudo bem. Porque viver é isso: é ter coragem de sonhar, mesmo com medo. É seguir, mesmo sem mapa. É recomeçar, mesmo depois de tropeçar.
Quantas vezes deixamos nossos sonhos na gaveta por achar que não é o momento? Quantas vezes desacreditamos do nosso potencial porque nos comparamos com os outros ou ouvimos que era "difícil demais"? Mas o que é a dificuldade senão o lembrete de que vale a pena? O que é o medo senão o sinal de que estamos prestes a fazer algo significativo?
Entre sonhos e caminhos, o que realmente importa é não esquecer de si mesmo. É ter fé, não só em algo maior, mas também em quem você é. É entender que o caminho se constrói passo a passo, com escolhas diárias, com erros e acertos, com coragem e com gentileza.
E se você ainda não sabe qual é o seu caminho, tudo bem. O importante é continuar caminhando. Talvez ele esteja logo depois da próxima curva. Talvez esteja dentro de você esse tempo todo.
Respire fundo. Olhe em volta. O céu de São Lourenço do Sul continua lindo, como um lembrete silencioso de que há sempre esperança. De que os sonhos não foram feitos para serem engavetados, mas sim vividos, mesmo que aos poucos, mesmo que com tropeços.
Que você possa seguir em frente, com o coração cheio de esperança, e os olhos atentos para tudo que floresce ao seu redor. Que cada passo seu seja um ato de amor-próprio. E que você nunca se esqueça: o caminho é tão valioso quanto o destino.
Porque no fim das contas, a vida acontece entre sonhos e caminhos.
Por: Ailton Cunha.
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