“Escrever é objetivar sonhos”. Partindo dessa frase, atribuída ao grande poeta (talvez o maior de todos) português Fernando Pessoa, só tenho a concordar com tal afirmação.
Quando se transcreve para o papel as ideias que povoam a nossa mente, as possibilidades são múltiplas. Nas páginas escritas podemos ser o que desejarmos. Podemos nos ver conduzindo uma caravana de camelos no deserto ou percorrendo trilhas abertas em uma grande floresta. Podemos estar no pico do Everest, como na cratera de um vulcão extinto.
O branco do papel é nosso parceiro e invariavelmente acata as nossas ideias em um fácil e amigável acordo. Escrever é algo mágico, libertador e também serve para emitir opiniões e retratarmos o nosso cotidiano. Para mim, particularmente, os dias de chuva são inspiradores. Ao ouvir os primeiros trovões, sentir o céu escurecendo e vendo os primeiros pingos caindo, abre-se, para mim, um portal. É como se a chuva trouxesse acalento e inspiração. A união da escrita e da leitura nos proporciona além de auto-conhecimento, conhecer um pouco mais do mundo em que vivemos.
Depois da chuva...
Cheiro suave de chão molhado;
fecundo frescor da terra.
O céu chorou, noite passada.
Lágrimas benditas, água benta.
Num repente, fecho os olhos.
Conjugando agradecer, aliviado...
Jefferson Dieckmann
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