“A arte existe porque a vida não basta”, nos diz Ferreira Gullar. O que seria das nossas vidas, se a arte não existisse? O nosso viver diário seria algo mais enfadonho, se não tivéssemos um livro para a leitura de cabeceira ou uma tela para ser apreciada em alguma vernissage.
Através da arte, o autor expressa sua criatividade e a transmite aos demais. Falarei um pouco da literatura, seara onde tenho alguma inserção. Cada vez que um escritor lança um novo livro, é como se estivesse se desnudando um pouco, através da exposição de suas ideias e pensamentos.
O mais interessante é que cada leitor tirará uma conclusão do que for lido. Existe uma máxima que diz, por exemplo, que “poesia não se explica”. Cada um dos receptores do poema tirará a sua conclusão e chegará ao seu veredito próprio, mesmo que este não seja o que o autor tenha desejado dizer.
Isso é a arte exprimindo-se e atingindo vários resultados, sendo estes satisfatórios a cada leitor, mesmo sendo divergentes entre si. Verifica-se aí um dos poderes transformadores que a arte possui sobre nós.
Através da arte, cultuam-se costumes e tradições, preservando a memória de um povo, por exemplo. Da arte que chega aos olhos e ouvidos, aglutinando este povo, faz brotar um sentimento de união, de pertencimento coletivo.
Escrever, pintar, bordar, cantar, declamar, compor, cozinhar e dançar são alguns dos verbos que caracterizam tipos de arte, que em última análise são combustíveis para alimentar e mover, prazerosamente o nosso viver.
Sorrir, compartilhar, ser alegre e sobreviver também são exemplos da nossa arte humana.
Sejamos um pouco artistas; sermos felizes também faz parte da arte do bem-viver.
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