07/07/77 – A trajetória de um gaúcho nos caminhos da tecnologia no Paraná
- Jefferson Dieckmann

- 8 de jul.
- 2 min de leitura
Era 7 de julho de 1977 quando um jovem inexperiente, vindo do interior do Rio Grande do Sul, deixava seu rincão rumo à capital do Paraná em busca de uma nova vida. Esse foi o ponto de partida de uma trajetória marcada por inovação, pioneirismo e dedicação.
Após concluir o curso técnico em Eletrônica na Escola Técnica Federal de Pelotas, ele iniciou sua carreira na COPEL – Companhia Paranaense de Energia –, atuando na área de telecomunicações da empresa. Naquela época, o cenário era outro: muitas das estradas do interior paranaense ainda eram de terra, com poeira nos dias de sol e lama nos dias chuvosos.
Foi nesse contexto que ele participou da implantação de um sistema completo de rádio-comunicação interna da COPEL, desde os transceptores móveis nos veículos da empresa até os equipamentos de maior porte, que interligavam usinas, subestações e agências por meio de rádios VHF e UHF.
Na década de 1980, veio um avanço ainda maior: a instalação de um sistema de micro-ondas (SHF) com dezenas de estações interligadas em forma de anel, cobrindo todo o estado do Paraná. O sistema contava com impressionantes 600 canais analógicos para voz e dados — um feito grandioso para a época.
Mais adiante, o gaúcho também participou da implantação do SIMEPAR – Sistema Meteorológico do Paraná –, com a instalação das primeiras 69 Estações Hidro-meteorológicas, fundamentais para o monitoramento do clima e do tempo em todo o estado.
Com a chegada da era digital, da Internet e das fibras ópticas, novos desafios surgiram. Utilizando a malha de torres e postes da COPEL, foram estendidos cabos ópticos pelos 399 municípios paranaenses, levando conectividade e inovação para todo o estado.
“Pioneirismo, coragem e até aventura marcaram aqueles primeiros tempos”, relembra o agora experiente profissional, que define sua trajetória com duas palavras: orgulho e gratidão.
Para ele, o curso técnico foi a porta de entrada para tudo que viria depois — e ainda hoje continua abrindo caminhos para os jovens. "Boas recordações e a sensação de dever plenamente cumprido marcam os meus dias até hoje. Muito obrigado, vida!", conclui.









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