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The Chosen e a revolução silenciosa do coração

  • Ailton Cunha
  • 23 de abr.
  • 3 min de leitura

Se você já maratonou série atrás de série e anda com aquela sensação de que nada mais te surpreende, talvez esteja na hora de dar uma chance para algo diferente. Não diferente no sentido de “esquisito” — mas diferente no sentido de necessário. Estou falando de The Chosen, essa série que tem conquistado milhões de pessoas pelo mundo e que, sinceramente, é uma das coisas mais lindas que já vi sobre fé, humanidade e transformação.

Sim, é uma série sobre Jesus. E sim, você provavelmente já viu outras. Mas o que faz The Chosen tão única é justamente o jeito como ela conta uma história que a maioria de nós já ouviu desde pequenos, mas sob uma nova perspectiva — uma que nos faz olhar para Cristo não como um personagem distante, inatingível, mas como alguém real, humano, próximo.

Um Jesus que ri, que dança, que se irrita, que abraça. Um Jesus que a gente consegue imaginar caminhando ao nosso lado nas ruas da cidade, dividindo um café, ouvindo nossos dilemas de vida com empatia e verdade.


E sabe o que mais toca? Os discípulos. A forma como eles são retratados nos mostra que o chamado de Jesus nunca foi pra gente perfeita. Ele chama um cobrador de impostos que ninguém suportava, uma mulher que carregava traumas profundos, pescadores impulsivos e teimosos, e transforma essas pessoas comuns em agentes de algo extraordinário. Isso bate fundo quando olhamos pra nossa própria vida. Quem nunca se sentiu pequeno demais pra ser usado pra algo maior? Inadequado? Quebrado?


Assistir à série é como se reconectar com algo que talvez a gente nem soubesse que estava perdido. Em tempos onde tudo é sobre performance, likes e comparações, The Chosen nos lembra que não é sobre merecer — é sobre ser amado. Ser escolhido. Mesmo (e talvez principalmente) quando a gente não acha que merece.


Foto: Reprodução/Angel Studios
Foto: Reprodução/Angel Studios

Mas vamos além. A série também cutuca a gente em pontos bem atuais. Ela nos questiona sobre exclusão, intolerância, religiosidade sem empatia. Ela mostra que seguir Jesus nunca foi sobre seguir regras, mas sobre amar de verdade. E vamos combinar: a gente tá precisando muito disso. Num mundo onde o diferente vira ameaça e o cancelamento parece mais fácil que o diálogo, The Chosen nos mostra um Jesus que acolhe antes de corrigir, que ouve antes de ensinar, que ama antes de cobrar.


E a pergunta que fica, ao final de cada episódio, é mais ou menos essa: “Será que eu teria coragem de seguir esse Jesus?” Porque seguir mesmo — no dia a dia, nas pequenas atitudes — não é só postar um versículo bonito ou ir ao culto no domingo. É sobre perdoar quem te machucou. É sobre tratar com dignidade quem o mundo ignora. É sobre admitir suas falhas, mas continuar caminhando.


É louco pensar como uma série pode mexer tanto com a gente. Mas talvez isso diga mais sobre a gente do que sobre a série. Talvez no fundo, a gente esteja mesmo com saudade de um Jesus real. Não o das imagens estáticas, mas o que nos chama pelo nome, do jeito que estamos, e ainda assim nos vê com esperança.


Então, se você ainda não assistiu, deixa esse texto ser seu empurrãozinho. Não espere efeitos especiais de Hollywood. Espere algo mais profundo: verdade.

E se você já assistiu, sabe do que estou falando. Você sentiu. Aquele nó na garganta. Aquela identificação com Pedro, Maria, Mateus... com Jesus. Porque The Chosen não é só sobre eles. É sobre mim. É sobre você. É sobre sermos escolhidos todos os dias — e termos a chance de também escolher viver com mais fé, coragem e compaixão.


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Até a próxima, e que a gente nunca esqueça: ser escolhido não é um título — é um convite pra amar diferente.


Por Ailton Cunha.

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