Estamos acostumados nas revistas em quadrinhos e nos filmes a assistir e admirar as aventuras dos super-heróis. Neste período de calamidade que estamos vivendo, com a água das enchentes invadindo cidades inteiras, percebemos que os heróis existem na vida real e estão bem próximos de nós. Nas nossas comunidades, os Super-Homens voam, mas em aviões que transportam doações e maquinários ou em helicópteros que resgatam pessoas em meio a correnteza dos rios. Os Batman’s utilizam suas “bat-cordas” para descer e entrar em casas destruídas pela enxurrada e regatar pessoas e um grande número de animais domésticos encurralados pelas águas. Os Aquaman’s viajam pelas águas em botes infláveis, barcos a remo e jetskis a fim de salvar vidas. Eles tem a capacidade de resgatar e conduzir em segurança até mesmo um cavalo!
Nestas horas, percebemos que o povo brasileiro tem um espírito solidário muito forte. Nos momentos de dor e destruição, percebe-se claramente que os heróis não são os jogadores de futebol (embora alguns estejam colaborando bastante) e nem os indivíduos isolados em casas repletas de câmeras. Ser herói é, e tem que ser, muito mais que isso! Além de tudo, esses heróis são discretos; aparecem nas horas de necessidade da população, mantendo suas identidades secretas ocultas nas demais épocas do ano. Ainda teremos muito trabalho com árduas missões de reconstrução pela frente. Muitos outros Lanternas Verdes, Homens Aranhas, Panteras Negras, Capitães Marvel, Hulk’s, Homens de Ferro, Mulheres Maravilhas e Flashes entre outros, ainda se apresentarão para os trabalhos de reestruturação de um Estado devastado pela força das águas. Creio ainda, que ser brasileiro já é ser um pouco herói.
Lutamos todos os dias para termos uma vida digna e construirmos um futuro melhor para nossos filhos e netos. Normalmente costumamos mostrar os nossos feitos diários, por pequenos que possam ser. Mas, não mostramos em público os nossos uniformes, capas e armamentos. Esses, deixamos para feitos um pouco maiores, como para quando for a hora de salvar o mundo, por exemplo.
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