Texto em comemoração ao Dia do Advogado - 11 de agosto
Audiências, prazos, petições, cartório. Será sempre esse o trabalho de um(a) advogado(a)?
Em um mundo de hiperconectividade, onde as informações chovem e as tendências transbordam, seguimos restritos a trabalhar com os bons e velhos processos?
Principalmente sob um contexto pós pandêmico, no qual nos mantivemos restritos em nossas casas e (talvez mais ainda) na internet, muitos fenômenos sociais ligados à tecnologia e à globalização foram acelerados.
Contudo, há muitos anos não é preciso mais do que um ou dois semestres de um curso de Direito para descobrir o problema de soterramento do Poder Judiciário.
São milhares e crescentes demandas judiciais litigiosas, além da morosidade resultante de recursos (inclusive, humanos) limitados na resolução disso.
Ao passo que nos tornamos mais acelerados em nossas vidas pessoais e profissionais, o processo segue o seu ritmo de... “como os incas e maias ainda faziam”.
Assim como o mercado de investidores e consumidores adota novos posicionamentos, ensejando que os empreendedores permaneçam atentos e em constante renovação, sendo o advogado um braço essencial do negócio, seu aprimoramento não poderia ser diferente.
Inovação, LGPD, Propriedade Intelectual, Práticas de ESG, Compliance e Direito da Moda são apenas parte das novas pautas do âmbito jurídico na vida 4.0, e das áreas que o advogado pode apostar para aprimorar as respostas que oferece por meio do seu trabalho.
Mais do que isso, a figura do advogado, sempre tida como aquela que se debruça sobre os estudos, precisa vencer as barreiras do mundo jurídico para entender questões sobre gestão de empresas, práticas comerciais, marketing, construção de marca, análise de mercado, e entre tantas outras matérias que, atreladas aos seus conhecimentos “nacionais”, constroem potenciais estratégias para a proteção e crescimento do negócio do seu cliente.
Mas e a old school da advocacia tradicional?
Como se remonta dos tempos mais remotos aos presentes, ela permanecerá. Não há aqui a pretensão de fazer uma crítica ao sistema jurídico conforme estabelecido, o qual, dentro dos ônus e bônus característicos de qualquer pauta, igualmente se organizou para garantir direitos e acesso à justiça.
Ocorre que, ao menos para a minha felicidade, hoje é possível se falar em uma advocacia inovadora e atenta aos problemas e soluções não convencionais da modernidade, sendo responsável não por substituir a advocacia tradicional, mas complementá-la.
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