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Edilberto Luiz Hammes

O grande salão de festas da Sociedade Recreativa Sete de Setembro


A Sociedade Recreativa Sete de Setembro foi oficialmente inaugurada a 12 de janeiro

de 1920, mas sua história começa bem antes (motivo para o próximo artigo).


De fato, em 1924, apenas quatro anos após a fundação dita oficial, abnegados sócios, supostamente liderados pelo presidente Max Schröder (ou teria sido Augusto Nickhorn?), inauguraram o salão de baile, na época – como ainda hoje – um fantástico prédio de alvenaria, mas com assoalho de tábuas corridas em vez do atual piso de parquet.


A inauguração da grande sede nova teve lugar no dia 25 de dezembro de 1924, às 20 horas. Faziam parte da comissão dos festejos, bem como das quermesses que foram realizadas nas noites de 26, 28 e 31 desse mesmo mês, pelo lado das senhoras: Ilsa Eyler, Herminia Ziebell, “Clarinha” Baumgarten, “Mariquinha” Russo e Olga Soares; e pelo lado dos cavalheiros: Max Schröder, Guilherme Timm, Ernesto Nickhorn, Caro Mendes e Carlos Helms Filho.



Ver convite original do evento abaixo.

E parece também que nos primeiros meses e anos que se seguiram à inauguração desse verdadeiro templo recreativo (foto a seguir), tudo gravitava em torno de bailes, pois não havia, na ainda então vila, ou melhor, no município de São Lourenço ou até quem sabe, em

toda a região, um salão tão grande e tão bonito como esse da “Sete”.


Até o tiro-ao-alvo, antes tão procurado, parece ter sido esquecido em favor da música e das danças. Tanto isso é fato, que somente três anos depois, o Jornal, de 7 de abril de 1927 publicou: “Após 4 anos de abandono (do tiro-ao-alvo, antigamente a principal atração da antiga antecessora da “Sete” Schützenverein Germania - Sociedade dos Atiradores Germânia) será inaugurado o “stand” do tiro da Sociedade Recreativa Sete de Setembro nos dias 17, 18 e 24 próximos.”


O stand era constituído por um “descansa-arma”, ou seja, uma tábua com recortes em sua parte superior onde se encaixavam os canos das armas “22”, de acordo com a altura do atirador (desenho à esquerda), ao lado da porta do bar, ao ar livre, situando-se o alvo – (ou melhor, os alvos) que era móvel, virando o responsável a cada tiro, como mostra a figura bem abaixo – nos fundos do pátio da Sociedade, onde foram levantadas leivas de terra junto a um bambuzal nativo, impedindo que as balas passassem para os campos que se situavam onde hoje existe o bairro Sete de Setembro (a atual rua Max Stenzel e outras, a ela paralelas).


Os velhinhos de hoje com certeza ainda se lembram.









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