Eu sempre achei que as capas dos antigos LP’s eram verdadeiras obras de arte. Na minha memória, ainda vivem algumas das imagens estampadas em capas, contracapas e no interior dos antigos álbuns. O velho álbum branco dos Beatles foi um marco, assim como a histórica foto do quarteto atravessando a rua na faixa de segurança, em Abbey Road. As imagens dos shows do Deep Purple no Japão, no tradicional “Made in Japan” marcaram a minha adolescência. Assim como os sobretudos dos músicos do Supertramp na contracapa e as mãos segurando as grades flutuando no espaço em “A crime of a Century”.
Os rostos dos músicos do Deep Purple dentro da taça de vinho em “Come Taste the Band”, nas velas acesas em “Burn” e no meteoro de “Fireball”; o aperto de mãos incendiário no “Wish You Were Here”, o feixe de luz atravessando o prisma em “The Dark Side of the Moon”, a vaca holandesa de “Atom Heart Mother”, a orelha de “Meddle” e o porco voador de “Animals”, do Pink Floyd também fizeram história.
Estas são algumas lembranças de capas de antigos discos que nunca me saíram da cabeça. Era um costume meu ir ao centro de Curitiba todos os sábados pela manhã e ficar bisbilhotando as lojas de disco, até encontrar aquele ou aqueles que eu levaria para casa naquele final de semana. Ainda hoje, guardo essas preciosidades comigo. Quando surgiram os CD’s, estes nos proporcionam apenas “fotos 3x4”, ao contrário das verdadeiras telas artísticas dos LP’s, em exposição na forma de capas, nas prateleiras das antigas lojas. Sou feliz por ter visitado estas verdadeiras exposições de arte nos sábados da minha juventude! Tenho saudades dessa época, que certamente não mais voltará.
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