
Cantora, compositora, artista plástica e comunicadora Porto Alegrense vencedora de inúmeros Festivais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Desde criança, Fátima Gimenez já era apaixonada por música e ficava encantada olhando seu pai Américo da Silva tocando violão nas horas vagas. Um dia a menina Fátima resolveu soltar a voz aos 9 anos de idade, o que deixou seu pai muito orgulhoso. Então começou a levá-la para se apresentar nas Emissoras de TV em programas musicais que aconteciam nas tardes de sábados e domingos. TV Piratini ( hoje TV Cultura) e TV Gaúcha ( hoje RBS TV)esse apresentado pelo querido Glênio Reis que a chamava de "Princesinha" do GR SHOW!
Mas era só uma diversão pois os estudos teriam que estar em primeiro lugar. Tentou aprender piano, desistiu e dedicou-se ao violão. Passados alguns anos Fátima casou-se e teve a bênção de ser mãe de três lindas filhas. Mas a arte musical que corria nas veias falava bem alto e juntamente com seu marido Heleno Gimenez na época, criou o Grupo acústico chamado "Tempero" que em 1978 participou da 3° Ciranda Teuto- Riograndense na cidade de Taquara. Naquela ocasião estavam presentes no Evento: Barbosa Lessa ( mais tarde padrinho artístico e grande amigo de Fátima) , Leonardo e Paulinho Pires. Esses três grandes nomes ficaram encantados com a performance daquele grupo de jovens e no mesmo ano, em dezembro levaram o grupo a se apresentar na 8° Califórnia da Canção Nativa.
Posteriormente Fátima integrou por um ano e meio o Grupo "Os Cantores dos Sete Povos" liderado por Telmo de Lima Freitas que por sinal confeccionou com as próprias mãos uma pilcha especialmente para ela. Era um vestido solto de algodão crú até o tornozelo, estilo índia missioneira. Apresentaram- se Brasil afora. Theatro Guaíra PR, Teatro João Caetano RJ, MASP SP, Programa Som Brasil de Rolando Boldrin e muitos outros lugares.
Também percorreu o Brasil com Paixão Côrtes fazendo "Ternos de Reis". Sem dúvida alguma esses grandes ícones e pilares da Cultura Gaúcha foram os grandes Mestres que Fátima Gimenez teve o privilégio de convívio , aprendendo e amando cada vez mais a riqueza Cultural do nosso Estado.
Voltando ao assunto Festivais, a carreira solo foi evidenciada em 1983 quando venceu a 3° Seara da Canção de Carazinho com a musica "Tapejaras do Amanhã" de Hilário Retamozzo. À partir de então muitos compositores passaram a dedicar suas obras com temas sobre a mulher gaúcha para Fátima Gimenez defender.
Nessa trajetória além das premiações de 1° , 2° e 3° lugares, recebeu mais de 80 Troféus de Melhor intérprete.
Em 1987 venceu a V° Vigília do Canto gaúcho em Cachoeira do Sul, onde contou a história de Olmira Leal de Oliveira a Cabo Toco, que lutou na Revolução de 23 e foi a primeira mulher a ostentar a farda da Brigada Militar. Uma heroína viva do nosso tempo.
Após a apresentação da música contando a história, Dona Olmira obteve reconhecimento do Governo do Estado e Brigada então passou a receber sua merecida aposentadoria.
Fatima Gimenez foi a primeira artista a registrar em disco a interpretação do Hino Rio grandense quando era proibido! O Hino era executado somente por orquestras, corais e bandas Marciais em datas comemorativas e solenidades Oficiais.
Foi num sonho que veio a idéia de gravar essa interpretação sem marcialidade e pela primeira vez com acompanhamento da gaita além do piano.
Mas o seu primeiro disco que seria lançado em 1989 ficou um tempo embargado. Quem fez brilhante defesa junto ao COMOCI (conselho de moral e civismo) que cuida dos Símbolos Estaduais foi Antônio Augusto Fagundes e o primeiro trabalho solo de Fátima Gimenez foi lançado em março de 1990.
A partir dali foi reconhecida como a cantora oficial do Hino Riograndense, cantou o Hino Nacional e Rio Grandense em Inaugurações importantes a ex:
GM de Gravataí, Novo Aeroporto Salgado Filho e também na missa do Padre Marcelo Rossi no Estádio Olímpico para mais de 15 mil pessoas acompanhada por Renato Borghetti e Geraldo Flach em festa transmitida ao vivo para todo Brasil pela Rede Record. Em 1997 representou o Brasil na Espanha em 4 festivais de folclore daquele País.
Além das premiações de festivais, Fátima Gimenez recebeu dezenas de homenagens individuais: Troféu Guri RBS, Troféu Mulher Farroupilha oferecido pelo Governo do Estado , Troféu Candeeiro Farrapo (Câmara de vereadores de Vacaria), Prêmio Lupicínio Rodrigues (Câmara de vereadores de POA), Troféu Mulher de Ouro, Comenda Laurindo Amaral (Câmara de vereadores de São Leopoldo), Troféu Destaque Tradicionalista (Câmara de vereadores de Santa Cruz), Troféu Personalidade Feminina , Homenagem de condecoração na Loja Maçônica Ocasional pelos 186 anos da Brigada Militar, Medalha da Revolução de 23( Pacto de Pedras Altas e recentemente a Comenda Honeyde Bertussi oferecida pelo MTG.
Atualmente Fátima Gimenez não concorre mais nos Festivais por decisão própria mas participa ativamente do Movimento Nativista na condição de jurada, apresentadora ou realizando seus Shows com sua banda formada por excelentes músicos renomados e também cantando os Hinos Nacional e Riograndense em Congressos Internacionais acompanhada por Renato Borghetti e Vitor Peixoto ao teclado. Fez Curso de Folclore e agora está concluindo curso de Formação de Escritores. Tem mais de 100 músicas gravadas nos discos de Festivais ,evento único e grandioso que propicia divulgação do trabalho dos artistas que firmam suas carreiras individuais.
Seria impossível nominar todos aqui, mas um destaque especial, além da Vigília de Cachoeira do Sul com a música Cabo Toco que se transformou em "Ato Social" vai um merecido agradecimento ao Reponte da Canção Crioula de São Lourenço do Sul! Foram momentos gloriosos com premiações e carinho de um povo acolhedor.
Siga Guerda Maria Kunh no Instagram:
Comments