O recente eleito Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um candidato de muitas controvérsias quando o assunto é meio ambiente e economia verde.
Conhecido pela retirada dos Estados Unidos do maior tratado internacional de enfrentamento das mudanças climáticas em 2019, o Acordo de Paris, a previsão para o seu retorno causa calafrios em especialistas – não sem razão.
Apesar da alta de energias renováveis durante o seu último mandato, a expectativa para o novo governo de Trump é que indústrias intensivas em emissão de gases de efeito estufa sejam fortalecidas, em vista do suporte do presidente às companhias de óleo, gás e petrolíferas.
Sob o pretexto do “desenvolvimento”, Trump promete reduzir a tributação de empresas americanas, manter salários congelados, reduzir taxas de empréstimos e aumentar os impostos sobre as mercadorias importadas da China.
Ainda que essas medidas possam aquecer o mercado e a economia americana em curto prazo, a longo termo a política econômica de Trump tende a esbarrar na inevitável barreira da sustentabilidade.
Isso porque, a ideia de desenvolvimento já não pode ser dissociada da dependência que temos em relação ao meio ambiente. Investir em iniciativas protecionistas e de preservação são a única forma de realizar a manutenção da economia e do mercado que vivemos em longo prazo.
Do contrário, seremos reiteradamente afetados por desastres ambientais advindos do aumento da temperatura global, da escassez de recursos e de energia e de outros problemas decorrentes dessa falta de visão sistêmica.
Nesta perspectiva, o agronegócio pode ser um dos setores mais afetados pela política econômica americana, uma vez que é diretamente dependente da segurança e estabilidade climática. A partir do comprometimento desta “base”, diversas são as populações e cadeias negativamente afetadas, considerando o possível impacto na disponibilidade de alimentos e recursos.
Contra estes efeitos, não há muro que possa ser erguido para se defender.
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