Em outras oportunidades já expressei aqui algumas considerações sobre fazer Arte e seus benefícios. Pois bem; sigamos.
A cada sarau onde pessoas se reúnem para recitar poesias ou cantar, em cada lançamento literário, em cada reunião de um Centro de Escritores ou de uma Academia de Letras, lá está o senso de preservação da arte humana, ao deixar registrada por escrito sua história e memórias.
Em cada exposição fotográfica, em cada mostra de arte plástica, em cada linha esculpida na rocha formando uma escultura, encontramos a beleza. Em cada cena dramática ou cômica que assistimos nos palcos ou em cada bailarina que gira apoiando-se na ponta dos pés, constatamos a presença de algo quase divino.
Em cada peça artesanal feita habilidosamente pelas mãos de pessoas dotadas desta criatividade especial, percebemos a presença de uma beleza ímpar. Quando nos deparamos com construções antigas e seus lindos detalhes, únicos e eternos, percebemos que por ali passaram pessoas com visão primorosa e sensibilidade na sua construção. Creio que o mundo em que vivemos torna-se mais suportável devido a essas manifestações artísticas, sejam elas de que área for.
As habilidades humanas diferenciam-se em cada conjunto de indivíduos. Em cada grupo de habitantes de uma comunidade, sempre haverá aquela pequena, mas insistente parcela de pessoas que estarão dedicadas a alguma arte. É é exatamente isso que proporciona um pouco de leveza à áspera vida cotidiana e suas lutas.
A arte, seja ela qual for, preserva a história e a identidade de um povo, além de fortalecer laços e criar uma coesão social. E embora muitos ainda não tenham percebido, cada um de nós tem inclinação e sensibilidade para nos dedicarmos a alguma coisa relacionada com leveza e elevação, proporcionada por alguma manifestação artística. Basta encontrarmos o caminho, abrirmos as asas e nos deixar levar.
A metáfora do voo com os pés no chão já é o início da descoberta.
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